domingo, 26 de fevereiro de 2012

Tão Forte e Tão Perto (2011)




"Baseado no livro "Extremely Loud and Incredibly Close" de Jonathan Safran Foer"



Nome Original: Extremely Loud and Incredibly Close
Direção: Stephen Daldry 
Roteiro: Eric Roth e Jonathan Safran Foer 
Gênero: Drama
Elenco: Tom Hanks, Sandra Bullock, Thomas Horn, Max von Sydow, Viola Davis, John Goodman, Jeffrey Wright, Zoe Caldwell
Distribuição: Warner Bros. (EUA), Paramount Pictures (Internacional)
EUA, 2011 (129 minutos)






Sinopse: Oskar Schell é um garoto de dez anos que vive em Nova York com seus pais. Ele passa grande parte de seu tempo com o pai Thomas, que inventou um jogo chamado "Missão de Reconhecimento" e a quem é extremamente próximo. Oscar perde o pai no 11 de setembro de 2001. Enquanto tenta superar a perda, o garoto encontra uma chave no closet do pai, e decide descobrir o seu significado. Querendo encontrar alguma mensagem, desvendar o que a chave pode abrir e de alguma forma ficar mais próximo dele, o menino roda a Big Apple buscando respostas.


Um filme sentimental e cheio de emoções. Caso o espectador esteja fragilizado, é bom evitar a sala de cinema para não cair em prantos. O longa gira em torno do ponto de vista do garoto órfão Oskar Schell, interpretado pelo magnífico estreante Thomas Horn, que após perder o pai (Tom Hanks) no atentado terrorista do 11 de setembro, fica completamente perdido. Ele não mantém um bom relacionamento com a mãe (Sandra Bullock, em um papel interpretado com emoção), que apesar de tentar se aproximar e confortá-lo, parece não conseguir se inserir no minúsculo círculo emocional de Oskar.
O garoto tem problemas emocionais e não sabe como reagir à perda de seu maior amigo e pai. Para uma criança, perder um dos pais pode ser algo traumático e irreparável e com toda a certeza o pequeno Thomas Horn faz a atuação com uma realidade imensa, que comove até o maior dos corações de pedra.
Ele tenta descobrir o que uma chave encontrada acidentalmente no armário do pai significa. A dificuldade em lidar com a morte e a aproximação com várias pessoas diferentes fazem-no pensar em um paradoxo. Ao mesmo tempo em que vai superando seus medos, inclusive o de inteirar com outras pessoas e o de usar o transporte público, ele vai descobrindo que é possível viver após um dano emocional, ainda que seja difícil. Essa descoberta de como lidar com a situação levam-no a começar a encarar a realidade de outra forma.
Viola Davis faz uma pequena participação, mas certamente significativa, repleta de pequenos grandes momentos; ela está no ápice de sua carreira, e isso é certo. Tom Hanks mais uma vez nada deixa a desejar, suas aparições são pequenas porém significativas.
Há quem diga que o melodrama foi usado ao extremo no roteiro e que o diretor Stephen Daldry exagerou no sentimentalismo. Tenho que discordar desses críticos, vejo exatamente o oposto; trata-se de um drama sim, e como manda o gênero o objetivo é emocionar. Contudo, o diretor Daldry executou com excelência um roteiro bem escrito. É claro que dificilmente o longa ganhará o Oscar, mas não será por falta de merecimento, e sim por ter adversários realmente muito bons.
Mostram-se os dramas e os conflitos externos mais profundos vistos por uma criança, e isso é o que traz um tempero especial ao roteiro. Há os momentos de dúvidas e frustrações e certamente toda uma sociedade americana que teve algum parente envolvido nos atentados terroristas foi comovida; mas além desses, conseguiu-se comover todo tipo de espectador.
O ator sueco Max von Sydow também concorrerá nessa noite de Oscar como Melhor Ator Coadjuvante e, apesar de não dizer uma só palavra no filme, sua atuação é maravilhosa, baseada pura e simplesmente nas emoções transmitidas apenas por expressões faciais. Expressar-se sem palavras é irrefutavelmente mais difícil, mas o experiente Sydow mostrou sua incrível capacidade.
Esse é um filme bom, um drama que realmente honra o gênero e mostra a dor de uma perda como algo muito real, que faz-nos parar para refletir. Thomas Horn, que ganhou o Critic's Choice Awards de melhor ator juvenil é realmente uma das novas promessas de Hollywood, tomara que sua carreira continue a brilhar da mesma forma como ele brilhou nesse filme.





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