domingo, 19 de fevereiro de 2012

50% (2011)







Nome Original: 50/50
Direção: Jonathan Levine
Roteiro: Will Reiser 
Gênero: Comédia Dramática / Drama
Elenco: Joseph Gordon-Levitt, Anna Kendrick, Seth Rogen, Bryce Dallas Howard, Anjelina Huston
Distribuição: Summit Entertainment (USA) - Imagem Filmes (Brasil)
EUA, 2011 (100 minutos)







Sinopse: Adam tem uma vida regrada, mas de repente começa a sentir dores que mudarão tudo. Ele descobre ter câncer, um tipo raro, que lhe dá 50% de chance de sobreviver. A namorada que não consegue lidar com a doença, o amigo maluco que parece não se importar e a difícil relação com a mãe são mais problemas que ele tem de enfrentar. Para não ter de lidar com tudo sozinho, Adam procura uma psicóloga, a jovem Dra. Katherine, que pode ajudá-lo a ver as coisas sob outra perspectiva.




Como sempre uma ótima atuação de Joseph Gordon-Levitt, que mais uma vez mostra sua versalitidade como ator. Com um roteiro inteligente e uma história muito bem desenvolvida, esse certamente não é só mais um filme sobre o câncer e seu impacto na vida das pessoas. Mostra-se muito bem as adversidades enfrentadas pelo portador da doença e a dificuldade das pessoas que convivem em aceitar e realmente mostrarem se importar com ele.
Trata-se de um protagonista que tem a simpatia do espectador logo no primeiro sorriso; sorriso esse que se mantém em grande parte do filme, apesar dos maus momentos. Todas, ou a maioria das pessoas conhecem os efeitos do câncer e sabem o quanto é difícil lidar com ele. O protagonista Adam vive uma verdadeira encruzilhada, vê tudo desmoronar e começa a se indagar sobre a vida que estava levando. A efemeridade da vida e o fato de tudo mudar diante um problema são fatores muito bem explorados.
Uma fala do filme realmente me tocou, quando a psicóloga Katherine (interpretada pela fofa Anna Kendrick) diz a Adam que ele está sendo um idiota e que as pessoas não vão deixar de ser quem são (no caso a sua mãe, com quem o relacionamento não vai bem) e que o que tem de mudar é o modo como ele as vê e reage. Conviver em sociedade já é difícil, que dirá se você tem uma doença tão temida e é tido como "coitadinho", mas na verdade um coitado com que muitos poucos realmente se importam.
O amigo aparentemente estúpido interpretado por Seth Rogen traz um algo a mais ao longa e, na verdade, esse mesmo Seth Rogen (produtor do filme) passou por essa situação de verdade, quando seu amigo (que inspirou o filme) teve câncer. Entende-se aí que as pessoas que às vezes não parecem se importar, na verdade o fazem, ainda que não saibam exatamente como demonstrar.
A química entre Joseph Gordon e Anna Kendrick é evidente e eles formam um casal pelo qual se torce. O fato de ela apoiar e ajudar a ele, ainda que tenha acabado de tê-lo conhecido e esteja fazendo o seu trabalho são relevantes. As ações dela enquanto nova doutora vão diretamente contra as atitudes do médico de Adam, que é frio e distante, como quase todos os médicos são atualmente.
Trata-se de um filme perspicaz e engraçado, que mostra todos os lados de uma doença, da visão de quem a enfrenta. Porém, ironicamente, não deprime o espectador; ao contrário, o faz ver a vida com mais humor e menos preocupação. Ilustra perfeitamente que tudo tem uma razão de acontecer e que deve-se sempre tirar proveito do que ocorre, ainda que pareça o fim da linha. Uma reta que se preze não tem fim, e não se pode ceder sem enxergar as coisas como integrantes de um todo. Recomendo fortemente.



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