terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Uma Mente Brilhante (2001)

Ficheiro:UmaMenteBrilhante.jpg





Nome Original: A Beautiful Mind
Direção: Ron Howard
Gênero: Drama Biográfico
Elenco: Russell Crowe, Paul Bettany, Jennifer Connely, Ed Harris
EUA, 2001 (135 minutos)










Sinopse: Baseado na história verídica do matemático John Nash; que, após descobrir-se esquizofrênico, luta para reentregar-se à sociedade e diferenciar realidade de imaginário. Uma história comovente, que mostra o sofrimento de um homem genial lutando contra a esquizofrenia. O amor entre ele e a mulher, Alicia é a sua motivação para perseverar. John Nash Jr. ganhou o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória  de Alfred Nobel, no ano de 1994.


Trata-se de um filme maravilhoso, tocante e comovente. É quase imperativo assistí-lo. Uma das melhores atuações de Russell Crowe, que rendeu-lhe o Globo de Ouro de Melhor Ator; e também de Jennifer Connely, que ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante no ano de 2002. O filme ganhou o Oscar, no mesmo ano.

 O longa envolve o espectador a participar da história e do sofrimento do protagonista. E pensar que essa doença traiçoeira aflige muitas vidas, como fez (e ainda faz) de verdade na vida do matemático. A interpretação de Crowe é leve e, ainda que extremamente verdadeira, muito complexa. maquiagem que mostra Crowe e Connelly mais velhos é excelente e foi indicada ao Oscar, que na minha opinião deveria ter sido ganho.
A parte em que John mostra a Alicia as figuras que podem ser formadas nas estrelas é emocionante, e remete ao restante do filme, onde o protagonista deve "desenhar" a realidade e fazê-la prevalecer sobre o que ele crê ser real, mas é somente fruto de sua imaginação.
O amor pela matemática, a genialidade e facilidade com os números é essencial ao personagem. Porém, essa mesma genialidade leva-o a ver tudo racionalmente e, por certo período, a crer que tudo o que vê é real.
Um filme digno de ser visto, já que além de entretenimento é uma lição de vida e de superação. A história de John Forbes Nash Jr. é tão bonita que, mesmo após ter visto o filme por um tempo, você certamente a lembrará. E certamente será grato por uma mente com saúde mental perfeita. 


Maiores Informações:
                                                           Trailer de "A Beautiful Mind"

http://www.youtube.com/watch?v=ruWygLpaB3Q (Cena das Estrelas - Céu)

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

SAG Awards 2012

O Screen Actors Guild Awards é a minha premiação preferida, já que é mais descontraída e com os próprios atores votando. Os principais premios são os relacionados a Melhor Elenco.


18th SAG Awards



Os vencedores dessa noite são:

Melhor Ator Coadjuvante: Christopher Plummer por ''Beginners''
Melhor Atriz Coajuvante: Octavia Spencer por ''Histórias Cruzadas''
Melhor Ator de Comédia/Série: Alec Baldwin por ''30 Rock''
Melhor Atriz de Comédia/Série: Betty White por ''Hot in Cleveland''
Melhor Elenco de Série de Comédia: Modern Family
Melhor Atriz em Telefilme ou Minissérie: Kate Winslet por ''Mildred Pierce''
Melhor Ator em Telefilme ou Minissérie: Paul Giamatti por ''Grande Demais para Quebrar''
Homenagem do Ano: Mary Tyler Moore, apresentado por Dick Van Dyke
Melhor Atriz em Série Dramática: Jessica Lange por ''American Horror Story''
Melhor Ator em Série Dramática: Steve Buscemi por ''The Boardwalk Empire''
Melhor Elenco em Série Dramática: The Boardwalk Empire
Melhor Ator: Jean Dujardin por ''O Artista''
Melhor Atriz: Viola Davis por ''Histórias Cruzadas''
Melhor Elenco em Cinema: Histórias Cruzadas




 

domingo, 29 de janeiro de 2012

Millenium - Os homens que não amavam as mulheres (2011)







Nome Original: The Girl with the Dragon Tattoo
Direção: David Fincher
Gênero: Suspense
Elenco: Rooney Mara, Daniel Craig, Christopher Plummer
Distribuição: Sony Pictures
EUA, 2011 (152 minutos)










Sinopse: Depois de perder um processo por difamação e ver sua credibilidade abalada, o jornalista Mikail Blomkvist é contratado por um velho magnata da indústria para investigar o desaparecimento de sua neta, que sumiu há mais de 40 anos. Em sua busca, ele é ajudado pela jovem hacker Lisbeth Salander, uma "outsider" com habilidades excepcionais de investigação. Nova adaptação do best-seller homônimo, primeiro livro da série "Millenium", do escritor sueco Stieg Larsson. [Fonte]




Com direção de David Fincher e estrelando Daniel Craig e Rooney Mara (protagonista estreante e já indicada ao Oscar de Melhor Atriz, muito merecidamente) o filme já começa bem pela excelente, apesar de ser um tanto quanto peculiar, abertura. Ainda não assisti ao filme sueco, de mesmo nome em português, que inspirou a esse e trouxe Noomi Rapace no papel da jornalista punk-esquisita Lisbeth.

A tensão do filme é aliviada pelo carisma de Craig e pela muito boa atuação de Mara, que em certos momentos choca e em outros até arranca risadas. Há sim cenas chocantes, deve-se dizer para os que não gostam desse tipo de exposição, mas com certeza essa foi a intenção do diretor, a de mostrar por meio do chocante o alerta principal do filme.
A atuação do excelente Christopher Plummer, ainda que secundária (coadjuvante), também é indispensável.

É um longa que vale à pena pagar o ingresso, o enredo é bem desenvolvido, sem floreios mas também sem ir logo direto ao ponto. As suspeitas do espectador pairam no ar, mas só é revelado o(a) culpado(a) e quem é quem no final. Não direi para não ser estraga-prazeres. Mas tal filme certamente prova que esse ano promete grandes estreias e ótimas atuações, mas prova também que o Oscar não tem mais toda a credibilidade de antes, onde um razoável George Clooney (que é veterano) concorre a Melhor Ator e a estreante Rooney Mara concorre a Melhor Atriz e, apesar disso, pelos comentários, ele deve ganhar e ela não. Trabalhos muito bons como parece ser o de DiCaprio em J. Edgar não reconhecidos e outros não tão ótimos, excessivamente exaltados.




Maiores Informações:

72 Horas (2010) e Tudo por Ela (2008)

Resolvi colocar os dois filmes juntos porque eles tratam exatamente do mesmo assunto e um é inspirado no outro. Assisti em 2009 ao filme francês Tudo por Ela, que depois inspirou ao 72 horas. Um dos excelentes filmes franceses que já vi, isso afirmo com certeza. Trata-se da história de um homem, casado e com um filho pequeno. Eles têm a vida perfeita e a família maravilhosa, até que um dia a esposa é levada pela polícia, acusada de assassinato. Acreditando na inocência da mulher, acima de qualquer suspeita e por um amor imensurável, ele arquiteta um plano para tirá-la da cadeia.
O filme francês, para mim, foi grande surpresa; com o enredo muito bem desenvolvido e intrigante, envolve o espectador do começo ao fim. Talvez por isso o 72 horas tenha perdido um pouco do charme quando o vi nessa semana passada, já sabia exatamente o que ia acontecer e ele é bem fiel ao pioneiro. Contudo, Russell Crowe (no filme como o marido John) nunca, repito nunca, decepciona na atuação (pelo menos até hoje não aconteceu) e ele realmente "faz" o filme hollywoodiano, torna-o mais interessante. Além dele, a atuação de Elizabeth Banks nada deixa a desejar e Olivia Wilde e Liam Neeson fazem participações que valem ser citadas, não são apenas para preencher o filme.
Na película francesa, tem-se Vincent Lindon como o marido Julien e Diane Kruger como a mulher injustiçada. Em ambos os filmes, o marido que quer ustiça só tem três dias, daí 72 horas, para tirar a mulher da prisão.
Uma das cenas mais bem feitas dos dois filmes é a da parede que ele monta em um cômodo, com todo o plano em desenvolvimento. É realmente muito interessante, porque mostra para quem assiste as intenções do protagonista, ainda que o plano todo só se revele aos poucos. Ambos muito bem dirigidos e com elencos ótimos. Vale à pena assistir aos dois longas, para todo bom apreciador de suspense e ação. 








Nome original: Pour Elle
No Brasil: Tudo por Ela
Direção: Fred Cavayé
Roteiro: Fred Cavayé e Guillaume Lemans
Elenco: Vincent Lindon, Diane Kruger, Lancelot Roch
França, 2008 (96 minutos)













Nome original: The Next Three Days
No Brasil: 72 horas
Direção: Paul Haggis
Roteiro: Paul Haggis, Fred Cavayé, Guillaume Lemans 
Elenco: Russell Crowe, Elizabeth Banks, Olivia Wilde, Liam Neeson
EUA, 2010 (113 minutos)









Maiores informações: http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/72-horas/id/17083
                                 http://cinegarimpo.com.br/tudo-por-ela/


Trailer "72 Horas":

O Suspeito da Rua Arlington (1999)








Nome Original: Arlington Road
Direção: Mark Pellington
Gênero: Suspense
Elenco: Jeff Bridges, Tim Robbins, Joan Cusack, Robert Gossett
EUA, 1999 (117 minutos)









Sinopse: Michael Faraday (Jeff Bridges) é um professor de história especializado em terrorismo, que dá aulas sobre esse assunto. Um dia, ao encontrar um garoto ensanguentado caminhando pela rua de sua casa, ajuda-o e conhece seus novos vizinhos, Oliver e Cheryl Lang, pais do garoto. A partir daí, começa uma "paranoia" por parte do professor, que crê serem seus vizinhos terroristas.


O enrendo é muito bem desenvolvido, mas o final é um pouco previsível, se prestar bastante atenção na história em si. Ótima atuação de Jeff Bridges e, por o filme ter sido feito antes do 11 de setembro, trata-se de uma história inteligente e inovadora para a época.
Vi em um local que o gênero era "ficção", discordo em grau, número e gênero. Na verdade, mostra que o perigo pode sim morar ao lado, aidna que de forma meio sensacionalista. Ilustra com muita verdade que nem sempre as pessoas são o que parecem, e que todo cuidado é pouco. Uma paranoia pode se tornar realidade e onde há medo, pode haver uma premonição de um susto.
Um bom suspense, ainda que antigo é contemporâneo no que diz respeito ao desespero relacionado ao terrorismo e ao que ele pode provocar. O maior medo, na época do filme, certamente não era um terço do atual, e isso é o que torna o filme ainda mais interessante. 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Os Descendentes (2011)







Nome Original: The Descendents
Direção:Alexander Payne
Gênero: Drama
Elenco: George Clooney, Shailene Woodley, Matthew Lillard
Distribuição: Fox Films
EUA, 2011 (117 minutos)








Sinopse: Matt King é um marido indiferente e pai de duas meninas, que é forçado a reexaminar seu passado e abraçar seu futuro depois que sua esposa sofre um acidente de barco em Waikiki. O trágico acontecimento acaba por aproximar Matt das filhas, o que o ajuda na difícil decisão de vender um terreno herdado da família. [Fonte]



O que dizer de um filme que esperei quase um mês para assistir e fui a pré-estreia esperando tanto e não é lá tudo isso? George Clooney, em um papel de homem de família e pai, tentando não deixar o mundo desabar ao seu redor. Contudo, apesar da indicação ao Oscar e de um Golden Globe ganho, não foi uma atuação tão comovente e convicente quanto "Amor sem Escalas". Lá sim, o papel dele foi cheio de emoção e teve uma mudança significativa na vida do personagem.

Já em "Os Descendentes", que estreiará nessa sexta-feira e já está em pré-estreia em alguns cinemas, o enredo segue a vida de um pai, Matt King, que não dava tanto valor à sua família, especialmente à esposa. Quando ela bate a cabeça em um acidente com lancha e fica em coma, esse pai ausente tem de tomar as rédeas da família e cuidar das duas filhas. A pequena, ele não sabe exatamente como lidar e a mais velha é toda problemática. Além disso, Matt descobre que a mulher o estava traindo e ainda tem de pensar na venda de um terreno, o último pedaço virgem de terra do Havaí herdado da família.
Chatices à parte, genealogias desnecessárias que dão nome ao filme; não há mudança na vida do protagonista, nem uma grande união com suas filhas. A filha maior, interpretada (aí sim) muito bem pela ótima Shailene Woodley, e o pai são os papeis principais; já a presença da pequena que não tem muita noção da situação e do amigo debilóide Sid (Nick Krause) são dispensáveis.
Não superou nem chegou perto das minhas expectativas. O Havaí é lindo sim, e se não fossem as belezas do lugar para enfeitar o filme, não sobraria muito conteúdo. É um filme meio depressivo, que não te leva a repensar a vida, por esperar o tempo todo que algo vai acontecer, e no fim, nada que você não soubesse que aconteceria acontece. A atuação de Clooney é boa, deve-se dizer, mas não é tão excelente assim, como a de Colin Firth, vencedor do Oscar de Melhor Ator por O Discurso do Rei pelo papel emocionante do Rei George VI, que sofria de gagueira. A conexão da história não é tão palpável e há atitudes dos personagens meio "nobre" demais, já outras muito desumanas. Não será a estreia do ano, isso é certo. E se for escolher entre Tintin e Os Descendentes, fico com Tintin, que aliás, não foi indicado para o Oscar.

Maiores informações: http://www.imdb.pt/title/tt1033575/

Um Dia (2011)







Nome Original:One Day

Direção: Lone Scherfig
Roteiro Adaptado: David Nicholls 
Gênero: Drama/Romance
Elenco:Anne Hathway, Jim Sturgess, Tim Mison, Romola Garai, Jodie Whittaker
Distribuição:Paramount Pictures
EUA e Inglaterra, 2011 (108 minutos)







 Sinopse: Dexter Mayhew e Emma Morley conheceram-se em uma noite de bebedeira da última noite de faculdade. O que poderia ser apenas um caso amoroso, tornou-se uma amizade profunda e verdadeira, que resiste por anos. Mostram-se os próximos vinte anos da vida deles, sempre no dia em que se conheceream, 15 de julho. Roteiro adaptado pelo escritor do livro homônimo, David Nicholls. Certamente não é só mais um romance dramático.




Assisti essa semana ao filme Um Dia, depois de ter lido o livro de mesmo nome do autor David Nicholls. Pela primeira vez na vida, vi um roteiro adaptado que fez jus ao livro, tão bom quanto. Nicholas Sparks é um escritor que vale muito à pena ler as obras, já ver filmes como Querido John decepcionam, a protagonista é o oposto do descrito no livro e o final é outro. Já em Um dia, o roteiro em sua maior parte segue muito bem o enredo da história, e o modo como conseguiram reduzir 408 páginas para 1h47min de filme é incrível.
Anne Hathway como sempre linda e excelente atriz. A personagem Emma Morley não poderia ter sido interpretada por outra pessoa. E Jim Sturgess com uma atuação impecável e trazendo charme ao personagem Dexter Mayhew. No livro sente-se muito mais raiva dele do que no filme, é impossível não amar Jim Sturgess.
O filme conta a história de Dexter e Emma que se conheceram na noite de formatura no ano de 1988 e mostra a amizade dos dois e o laço emocional que os uniu pelos próximos 20 anos. Os personagens são muitos humanos e não caricatos. Bem como o livro, a realidade é confundida com a ficção em alguns momentos.
Há quem diga que "odiou" o final e, verdade seja dita, ele é realmente trágico. Mas se você prestar atenção e tiver lido o livro antes, já durante a leitura é possível prevê-lo. Eu não teria dado final diferente, porque não se trata de tragédia e sim do que acontece na vida, nem tudo é perfeito, dá sempre certo e tem um final feliz.

A última cena do filme é linda e a ambientação e figurino seguem piamente às épocas e momentos históricos. Fiquei muito brava com críticos infelizes que disseram ser o sotaque de Anne "muito forçado"; é bem condizente com o apresentado no livro. 
O dia é sempre o de 15 de julho, que na Inglaterra é o dia de São Swithin, existe uma tradição que se chover nesse dia, choverá pelos próximos 40. Não à toa esse é o pano de fundo, de certa forma tudo o que acontece na vida dos dois protagonistas nesse dia rege não somente os próximos quarenta dias, mas todo o ano que virá.
Achei um filme maravilhoso, que mostra uma das maiores e mais sinceras formas de amor, a amizade. A amizade é o que mantém as pessoas unidas, mesmo através de muito tempo de de grandes decepções, tudo é superado por ela.


Sinopse, Elenco e Ficha Técnica: 

Livro:

Trecho do Livro:


(500) Dias com Ela - 2009



 


Nome Original: 500 Days of Summer
Direção: Marc Webb

Roteiro: Scott Neustadter e Michael H. Weber
Gênero: Comédia Dramática/Romance
Elenco: Joseph Gordon-Levitt, Zooey Deschanel, Geoffrey Arend, Chloe Moretz.
Distribuição: Fox Searchlight Pictures

EUA, 2009 (96 minutos)








Sinopse: Tom conhece Summer e apaixona-se por ela. Já a garota lhe diz desde o início da relação que não está interessada em um relacionamento sério. Parte do receita básica da comédia romântica, mas mostra-se o lado "ruim" de amar e uma perspectiva masculina sobre o assunto. Mostram-se os 500 dias da vida de Tom Hansen onde Summer foi a protagonista de suas lembranças.




Ficheiro:(500) Days of Summer.jpgA típica história "boys meet girl" (garoto conhece garota), apaixona-se e sofre. Contudo, trata-se de uma comédia romântica do ponto de vista masculino sobre o amor, e é aí que existe uma grande diferença. Foge das regras do "água com açúcar" e mostra ambos os lados, bom e ruim do amor. O enredo é muito real, tão real quanto a vida pode ser. O protagonista Tom Hansen, interpretado maravilhosamente por Joseph Gordon-Levitt conhece Summer, interpretada pela linda e no filme indiferente, Zooey Deschanel. Os dois se conhecem e são amigos há doze anos na vida real, e talvez isso tenha garantido a química incrível entre eles no longa.
Tom revê os 500 dias que passou com Summer durante o filme, e vê que nem tudo era o que parecia. A garota lhe disse desde o início que não estava a procura de um relacionamento sério e ainda assim ele alimentava falsas esperanças. Com o apoio de dois amigos e de uma garotinha que parece "gente grande", ele começa a perceber que, na verdade, seu amor nunca foi correspondido e que existem muitas versões para toda história.
Uma das cenas finais é muito bem feita, onde a tela divide-se em duas, sendo uma parte a realidade e a outra como ele gostaria que tivesse sido. Isso mostra muito bem como as coisas são muito mais fáceis na nossa mente. A cena em que os dois sentam para conversar no banco e ela diz algo que realmente o deixa sem chão mostra que nem sempre o vilão da história é o garoto, mas pode muito bem ser a garota que era a "garotinha perfeita".
Os olhares dos dois, a ótima trilha sonora e o jeito muito diferente de ver o amor que é impossível de não se identificar, fazem desse filme imperdível e um dos meus preferidos. Mostra o que é apaixonar-se e ver o mundo todo lindo e alegre, literalmente com o pássaro azul e também o que é decepcionar-se e achar defeitos onde se viam qualidades. Tentar desprezar pra ver se funciona, quem nunca esteve lá. Mostra também como uma decepção amorosa leva a rever as coisas e a mudar a vida de alguém.
Além de ser um filme jovem e com atores muito capazes, mostra a difícil realidade de um amor não correspondido de forma cômica e fica indo e voltando na contagem dos 500 dias, para mostrar a diferença absurda entre eles. Dias em que ela estava parecendo apaixonada e outros onde ela nem parece se importar. Um filme ótimo com o fofo Joseph Gordon, é sempre uma boa pedida.



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Indicados ao Oscar 2012

Foi divulgada hoje, às 11h30min (horário de Brasília) a lista dos indicados ao Oscar 2012.
84ª edição dos Academy Awards (Oscar), principal prêmio dado aos artistas e filmes, ocorrerá no dia 26 de fevereiro de 2012, com transmissão ao vivo para mais de 225 países, no Kodak Theater de Los Angeles. Os Golden Globes já mostraram os favoritos George Clooney ("Os Descendentes") e Meryl Streep ("A Dama de Ferro") recebendo prêmios, e os mesmos concorrem aos prêmios de melhor ator e atriz. A atriz Michelle Williams também tem grandes chances de ganhar o prêmio de melhor atriz por "Sete Dias com Marylin".
O filme "Histórias Cruzadas" teve estreia adiada no Brasil, para seguir o momento de premiações e com razão, concorre a diversas estatuetas do Oscar e Octavia Spencer ganhou o Golden Globe Awards por melhor atriz coadjuvante.
A animação "Rio" concorre por melhor canção original e o filme francês "O Artista", que inovou por trazer no enredo os anos 20 e o cinema mudo, concorre a dez estatuetas e é um dos favoritos do ano, com indicações nas principais categorias.

Cavalo de Guerra também teve diversas indicações, dentre elas Melhor Direção de Fotografia, muito merecidamente. Já "Rio" e "Tintin" não concorrerão a melhor animação.

Para o prêmio de melhor direção, concorrem, dentre outros bons nomes, Martin Scorsese ("A Invenção de Hugo Cabret", com estreia próxima no Brasil) e Woody Allen ("Meia Noite em Paris").
A noite da premiação promete ser repleta de "glamour" como de costume, e talvez traga algumas surpresas, como Hollywood aceitar um filme francês e entregar-lhe prêmios fora da categoria "estrangeira". Isso é que é competir de igual para igual, Michel Hazanavicius.

Confira a lista dos indicados:


Melhor filme
O Artista
Os Descendentes
Histórias Cruzadas
A Invenção de Hugo Cabret
Meia-Noite em Paris
O Homem que Mudou o Jogo
Cavalo de Guerra
A Árvore da Vida
Tão Forte e Tão Perto

Melhor ator
Demian Bichir, A Better Life
George Clooney, Os Descendentes
Jean Dujardin, O Artista
Brad Pitt, O Homem que Mudou o Jogo
Gary Oldman, O Espião que Sabia Demais

Ator Coadjuvante
Kenneth Branagh, Sete Dias com Marilyn
Jonah Hill, O Homem que Mudou o Jogo
Nick Nolte, Guerreiro
Christopher Plummer, Toda Forma de Amor
Max von Sydow, Tão Forte e Tão Perto

Melhor animação
Um Gato em Paris
Chico e Rita
Kung Fu Panda 2
Gato de Botas
Rango

Melhor atriz
Glenn Close - "Albert Nobbs"
Viola Davis - "Histórias cruzadas"
Rooney Mara - "Os homens que não amavam as mulheres"
Meryl Streep - "A dama de ferro"
Michelle Williams -"Sete dias com Marilyn


Melhor atriz coadjuvante
Octavia Spencer - "Histórias cruzadas"
Bérénice Bejo - "O artista"
Jessica Chastain - "Histórias cruzadas"
Janet McTeer - "Albert Nobbs"
Melissa McCarthy - "Missão madrinha de casamento" 


Melhor roteiro original
"O artista"
"Missão madrinha de casamento"
"Margin Call"
"Meia-noite em Paris"
"A separação"
Trilha sonora original
"As aventura de Tintim" - John Williams
"O Artista" - Ludovic Bource
"A invenção de Hugo Cabret" - Howard Shore
"O espião que sabia demais" - Alberto Iglesias
"Cavalo de guerra" - John Williams


Canção original
"Man or Muppet", de "Os Muppets", música e letra de Bret McKenzie
"Real in Rio", de "Rio", música de Sergio Mendes e Carlinhos Brown, letra de Siedah Garrett


Maquiagem
"Albert Nobbs"
"Harry Potter"
"A dama de ferro"


Direção de arte
"O artista"
"Harry Potter"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Meia-noite em Paris
"Cavalo de guerra"  
Fotografia
"O artista"
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret"
"A árvore da vida"
"Cavalo de guerra"


Figurino
"Anonymous" 
"O artista"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Jane Eyre"
"W.E." 


Diretor
Michel Hazanavicius - "O artista"
Alexander Payne - "Os descendentes"
Martin Scorsese - "A invenção de Hugo Cabret"
Woody Allen - "Meia-noite em Paris"
Terrence Malick - "A árvore da vida"


Documentário (longa-metragem)
"Hell and Back Again"
"If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front"
"Paradise Lost 3: Purgatory"
"Pina"
"Undefeated"


Documentário (curta-metragem)
"The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement"
"God Is the Bigger Elvis"
"Incident in New Baghdad"
"Saving Face"
"The Tsunami and the Cherry Blossom"


Edição
"O artista"
"Os descendentes"
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret"
"O homem que mudou o jogo"


Melhor filme em língua estrangeira
"Bullhead" - Bélgica
"Footnote" - Israel
"In Darkness" - Polônia
"Monsieur Lazhar" - Canadá
"Separação" - Irã 


Curta-metragem de animação
"Dimanche"
"The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore" 
"La Luna" 
"A Morning Stroll" 
"Wild Life" 


Curta-metragem
"Pentecost" 
"Raju" 
"The Shore" 
"Time Freak" 
"Tuba Atlantic" 


Edição de som
"Drive" 
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Transformers: o lado oculto da lua"
"Cavalo de guerra"


Mixagem de som
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret"
"O homem que mudou o jogo"
"Transformers: o lado oculto da lua" 
"Cavalo de guerra"


Efeitos visuais
"Harry Potter"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Gigantes de aço"
"Planeta do macacos"
"Transformers: o lado oculto da lua"


Roteiro adaptado
"Os descendentes"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Tudo pelo poder"
"O homem que mudou o jogo"
"O espião que sabia demais"

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

10 coisas que eu odeio em você (1999)






Nome Original:10 Things I Hate About You
Direção: Gil Junger
Roteiro: Karen McCullah Lutz e Kirsten Smith
Gênero: Comédia Dramática/Romance
Elenco: Heath Ledger, Julia Stiles, Joseph Gordon-Levitt, Larisa Oleynik, Larry Miller, David Krumholtz, Andrew Keegan
Distribuição: Touchstone Pictures
EUA, 1999 (97 minutos)







Sinopse: Em seu primeiro dia na nova escola, Cameron (Joseph Gordon-Levitt) se apaixona por Bianca (Larisa Oleynik). Mas ela só poderá sair com rapazes até que Kat (Julia Stiles), sua irmã mais velha, arrume um namorado. O problema é que ela é insuportável. Cameron, então, negocia com o único garoto que talvez consiga sair com Kat - um misterioso bad-boy (Heath Ledger). [Fonte]




Esse é um dos meus filmes preferidos. Jovem e simpático; lançou a carreira de Joseph Gordon-Levitt e tornou Heath Ledger mais conhecido. Uma ótima trilha sonora, com a atuação impecável de Julia Stiles. Foi aí que me apaixonei por Heath Ledger, que interpreta no filme Patrick Verona e faleceu em 2008.
A história é inspirada na peça "A Megera Domada", de William Shakespeare. No filme, a jovem Bianca Stratford, irmã de Kat Stratford, é a jovem popular da escola. Contudo, o pai rígido (a mãe foi embora quando as meninas eram novas) não permite que ela saia e nem namore. Quando essa regra é contestada, o pai Walter cria uma nova: ela só poderá sair se a irmã mais velha Kat também for. Aí a confusão está arranjada, já que Kat não quer saber de sair ou namorar, mas concentra-se nos estudos e em sua arte. O jovem novato Cameron James, interpretado pelo ainda bem jovem Joseph Gordon, apaixona-se por Bianca e une-se ao rico rival Joey Donner, também apaixonado pela garota, para pagar um garoto fora dos padrões para "domar a megera" (irmã mais velha). Joey não vê que está sendo enganado e paga a Patrick Verona, ótimo personagem de Heath Ledger, para sair com Kat. Durante os encontros dos dois, Verona vai se apaixonando por Kat, até que ela descobre toda a armação.

Com a inesquecível cena de Paintball entre Julia Stiles e Heath Ledger e o lindo poema "10 things I hate about you", dentre idas e vindas recheadas por Shakespeare, tal filme vale ser assistido. Para mim, ainda que "fraquinho", é um dos ótimos filmes dos anos 90. Já devo tê-lo visto umas 6 vezes e com certeza ainda o verei novamente. Foi feita até mesmo uma série, com o mesmo nome do filme, no ano de 2009; contudo, a baixa audiência levou ao fim dela, no ano de 2010.