Nome Original: Breakfast at Tiffany's
Direção: Blake Edwards
Direção: Blake Edwards
Roteiro: George Axelrod
Criação Original: Truman Capote
Gênero: Comédia Romântica
Elenco: Audrey Hepburn, George Peppard, Patricia Neal, Buddy Ebsen
Distribuição: Paramount Pictures
EUA, 1961 (115 minutos)
Gênero: Comédia Romântica
Elenco: Audrey Hepburn, George Peppard, Patricia Neal, Buddy Ebsen
Distribuição: Paramount Pictures
EUA, 1961 (115 minutos)
Dispensa
sinopse e apresentações, apenas citar esse filme pode virar clichê ou
mesmice e não fazer jus à revolução que ele fez em Hollywood. Peço uma
trégua às minhas palavras mediante uma atuação da incomparável Audrey
Hepburn. Em plena época do conservadorismo, adapta-se um livro de Truman
Capote sobre uma prostituta de luxo de Nova York e a atriz escalada
para o papel é ninguém menos do que a super-conservadora-perfeita Audrey
Hepburn. O rebuliço que isso fez, a quase não aceitação da crítica
hollywoodiana e o sucesso estrondoso de Bonequinha transformaram esse
filme em um clássico. Mas não apenas em um clássico, trata-se daquele que originou o gênero da comédia romântica.

O figurino é um dos
melhores já feitos em um filme, justamente porque Audrey uniu seu gosto
impecável com seu designer de moda preferido, Hubert de Givenchy.
George Peppard até que tentou ser a estrela, mas o seu papel é
facilmente ofuscado pelo brilho de Audrey Hepburn e pelo figurino
incrível que ela usa.
É
verdade que não é bem uma história de amor, se for é improvável e quase
impossível de realmente durar. Mas o que encanta nesse filme não é a
história em si, que se for vista do ponto de vista crítico nem é tão bem
feita assim, mas a novidade. Há um livro escrito por Sam Wasson "Quinta Avenida, 5 da Manhã",
que explica todo o processo do filme e a repercursão que ele teve para a
época e o mundo do cinema, vale muito à pena ser lido, principalmente
pelos amantes da sétima arte.
A canção Moon River foi um marco ao filme, não há longa que faça a devida fama sem uma trilha sonora que seja condizente. A voz de Audrey tornou tudo mais real, e a música se encaixa perfeitamente no contexto da personagem. Além disso, o fato de o Gato não ter um nome definido é chave; uma vez que a liberdade de Holly também nunca poderá ser rotulada ou pertencer a alguém. A princípio, foi pensado em dar-se um nome ao animal na cena do fim do filme, mas o roteirista Axelrod achou melhor não fazê-lo, o que foi muito sábio.

Não
é à toa que a figura de Holly Golightly é a mais copiada pelo mundo
afora, ela representou um período de mudança e moda como poucas outras
personagens conseguiram fazer. Ainda assim, a primeira vez que eu
assisti ao filme, por não ter o entendimento que me era necessário não
gostei e nem compreendi o seu significado. Apenas anos depois, após ter
lido, entendido e pesquisado é que fui entender a sumptuosidade e a
beleza de Bonequinha de Luxo.
Certamente
um clássico, amado por muitos e apreciado verdadeiramente por nem tantos. Deve ser
entendido como o início de um novo gênero que se transformou em
tradicional e também como uma nova perspectiva da mulher, que deixa de
ser sempre "certinha" e perfeita do ponto de vista moral. Abre-se
caminho para explorar um novo tipo de mulher, que nem sempre corresponde
às expectativas dos críticos ou espectadores. Esta, sem dúvidas, é a maior marca de Bonequinha de Luxo.

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