segunda-feira, 26 de março de 2012

Jogos Vorazes (2012)









Nome Original: The Hunger Games
Direção: Gary Ross
Roteiro: Gary Ross
Gênero: Ação/ Drama/ Ficção Científica
Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Elizabeth Banks, Lenny Kravitz
Distribuição: Paris Filmes (Brasil) - Lions Gate Entertainment (EUA)
EUA, 2012 (144 minutos) 










Sinopse: Em uma mistura de Reality Show com Ficção Científica, Jogos Vorazes conta a história de um futuro distante (mas não tão inalcançável assim), onde o que restou da América do Norte é agora a Capital (Panem). Ela está dividida em 12 distritos e, a cada ano, 2 jovens de cada um são sorteados para participarem dos "Jogos Vorazes", em que lutarão até a morte e só um poderá ser o vencedor. Com um detalhe: a transmissão dos jogos é ao vivo e transmitida como reality show. A história gira em torno de Katniss Everdeen, que se oferece como tributo no lugar de sua irmã mais nova e, devido a sua coragem, muda regras do jogo.







Jogos Vorazes está longe de ser apenas mais um filme ou só mais uma febre adolescente. Trata-se de um longa inteligente, que une mitologia, ficção científica, ação e drama adolescente; tudo em uma só história. Baseado no best-seller de Suzanne Collins, foge dos clichês comuns encontrados nas atuais histórias adolescentes, nas quais sempre deve existir algo místico e fantástico. Em Jogos Vorazes a situação é envolvente e muito real, ainda que "absurda". Fui hoje ao cinema assistí-lo e a sala estava repleta de um público adulto, o que certamente não acontece na maioria dos filmes destinados a jovens.
Inovação e violência são os regentes do filme. A autora baseou-se no mito de Teseu e do Minotauro e criou uma história extremamente original e que torna impossível a quem a conhece não pensar em até onde o ser humano pode ser capaz de chegar. Suzanne Collins teve a ideia para o [inicialmente] livro após assistir um noticiário que tratava de grande violência e de um reality show com as mesmas emoções e atenção. Isso a levou a pensar o quão sádicos estamos nos tornando, e sem sombra de dúvidas isso é muito bem retratado em Jogos Vorazes. É interessante o fato de a heroína ser uma mulher, destemida e corajosa, cuja força é maior até mesmo do que a de homens e que surpreende a todos.
O nome Panem vem do latim panem et circensis, que remete à política do pão e circo. É evidente que até os mínimos detalhes foram pensados, já que se refere a dar ao povo o que eles querem, o que de certa forma ainda lembra a época dos Gladiadores e até mesmo os campos de concentração nazistas. 
A direção de Gary Ross é excelente, têm-se cenas muito bem feitas, como a em que Katniss tem alucinações na floresta e tudo começa a girar. Outros pontos interessantes e que merecem destaque são o figurino e a maquiagem; por se tratar de um futuro vindouro as pessoas se vestem de forma um tanto quanto peculiar, para não dizer estranhíssima. Elizabeth Banks ficou irreconhecível na pele de Effie, a encarregada da Colheita (escolha dos dois tributos do Distrito 12) e tutora. 
É uma ação com misto de aventura e grandes pitadas de drama e choque. A atuação de Jennifer Lawrence é impressionante, ela realmente viveu a personagem Katniss de modo muito verdadeiro. Josh Hutcherson também não deixa a desejar com o personagem Peeta. Há aparições significativas de Woody Harrelson como o tutor bêbado-desiludido de Katniss e Peeta e que ganhou uma edição dos Jogos; além de Lenny Kravitz como um designer de moda. Traz também Stanley Tucci com uma dentadura e um cabelo (e sobrancelha) azul hilários. Ainda há tempo para o romance de Peeta e Katniss e o ciúme de Gale (Liam Hemsworth), o melhor amigo de Kat que assiste tudo ao vivo.
É verdadeiramente um filme que choca pela estranhice e pela irônica semelhança com a realidade. Vale muito à pena ser visto, mas prepare-se para um longa não tão agradável de se ver quanto de pensar. Há cenas chocantes, que mostram o lado animal do ser humano, porém isso é o que faz essa história especial, ela mostra o lado ruim humano. Porém, ao mesmo tempo dá certa "esperança" quando se vê compaixão e força nos olhos da protagonista Katniss. Está destinado a ser um sucesso se o público estiver disposto a aceitar e abraçar o novo.


Site Oficial em português: http://www.jogosvorazesofilme.com.br/

quinta-feira, 22 de março de 2012

O Pacto (2011)







Nome Original: Seeking Justice
Direção: Roger Donaldson  
Roteiro: Robert Tannen
Gênero: Suspense/ Ação/Drama
Elenco: Nicolas Cage, January Jones, Guy Pearce, Jennifer Carpenter
Distribuição: Imagem Filmes
EUA, 2011 (105 minutos)








Sinopse: Will (Nicolas Cage) leva uma vida pacífica até o dia em que sua esposa (January Jones) é atacada brutalmente por um desconhecido. Em seguida um estranho (Guy Pearce) aparece oferecendo a Will um plano de vingança com a condição de que o serviço seja retribuído em outra ocasião. O que Will não desconfia é que logo ele será cobrado para pagar a dívida cometendo um crime também. [Fonte]



Que Nicolas Cage não está na melhor fase de sua carreira todo mundo sabe. Depois do fiasco de Motoqueiro Fantasma 2 e do não bem aceito Reféns, Cage encontrou-se em uma encruzilhada mediante à crítica. Filmes como Cidade dos Anjos, Os Vigaristas e Um Homem de Família parecem ter ficado em um passado remoto. Atualmente, quase todos os filmes protagonizados por ele tem história previsível e roteiro mal desenvolvido (ou a quase ausência de roteiro, como em Motoqueiro Fantasma). Contudo, sua capacidade como ator é inegável e não há papel mal interpretado, apenas papeis mal escolhidos.
Em O Pacto a atuação de Nicolas Cage é ótima, o enredo chega até a ser envolvente. O grande problema é que o roteiro é um tanto quanto previsível. Já se sabe pelo trailer o que vai acontecer. Apesar disso, a esposa interpretada por January Jones é uma personagem bem desenvolvida. A maquiagem feita em Jones depois de ter sido atacada é mesmo muito convincente.
O filme transforma um mero professor de inglês em um fugitivo experiente e pronto para qualquer situação, o que está longe de ter qualquer semelhança com a realidade.
Há pontos altos de tensão e ação bem feitos. A presença de Guy Pearce dá um "brilho" a mais ao longa; trata-se de um vilão com personalidade indecifrável. Apesar de não ser tão original, tem cenas boas e a ação é sim presente. É um filme interessante, que permitiu a Cage mostrar mais uma vez que é capaz como ator, mas poderia ser mais bem desenvolvido ou ter um final menos previsível.
Para quem espera um "filmaço" O Pacto pode desapontar, já quem espera um filme razoavelmente bom, não se arrependerá de vê-lo. Uma coisa que chamou a minha atenção é o fato de o nome do filme traduzido para o português já ter sido usado em outro longa (de terror). Falta originalidade na tradução do título e falta aquele "algo a mais". Porém, é um filme bom, bem melhor do que os da atual "safra" de Nicolas Cage.



terça-feira, 20 de março de 2012

Guerra é Guerra (2012)







Nome Original: This Means War
Direção: McG 
Roteiro: Simon Kinberg, Timothy Dowling e Marcus Gautesen
Gênero: Comédia Romântica/ Ação
Elenco: Chris Pine, Reese Whiterspoon, Tom Hardy, Til Schweiger, Chelsea Handler, Abigail Spencer, John Paul Ruttan, Angela Bassett
Distribuição: Fox Film do Brasil
EUA, 2012 (97 minutos)







Sinopse: Na comédia romântica de ação Guerra é Guerra, dois amigos inseparáveis (Pine e Hardy) se apaixonam pela mesma garota (Witherspoon) e acabam entrando em uma guerra cheia de ação para conquistá-la. Como ambos são veteranos espiões, a batalha pelo coração da garota toma grandes proporções. [Fonte]


Mais um filme de comédia romântica misturado com ação, onde tudo acontece rápido e a história não é tão bem desenvolvida. Segue o gênero de filmes como Par Perfeito, com Katherine Heighl e Ashton Kutcher. A diferença é que aqui se tem um trio excelente, com muito carisma; são eles Reese Whiterspoon, Chris Pine e Tom Hardy. A química entre os três é muito boa, e a atuação deles "salva" o filme de um roteiro um tanto quanto razoável e fraco. 
A história é de dois amigos inseparáveis que trabalham para a CIA, ambos conhecem e se apaixonam pela mesma mulher. Porém, nenhum deles quer desistir da garota, o que gera uma "guerra" entre eles, que estão dispostos a darem tudo de si para provar ser o melhor e conquistar o amor da personagem interpretada por Reese Whiterspoon. O humor é realmente presente, e algumas boas risadas são tiradas dos espectadores.
Apesar de não ter grandes mensagens, traz uma importante, a de pensar quanto vale uma amizade verdadeira. Há cenas engraçadíssimas dos dois tentando se prejudicar para conseguir o amor da mulher por quem competem. Há também a presença da comediante Chelsea Handler que, apesar de dispensável, é um pouco engraçada. É um filme bom, com um desenvolvimento envolvente; porém com um roteiro meio "pobre", que deixa um pouco a desejar. O fato de tudo ser muito rápido também não facilita. Se houvesse uns 20, talvez 30 minutos a mais de filme, a história poderia ser mais bem desenvolvida.
Apesar disso, Chris Pine rouba a cena e Tom Hardy prova ser um ator capaz (já tinha feito um papel totalmente diferente em A Origem), além é claro do carisma de Reese Whiterspoon, uma das queridinhas de Hollywood.
É evidente que não é uma comédia inteligente, mas é sim bem pensada e não deixa a desejar no quesito gênero. Um filme engraçado e que pode servir como um bom entretenimento em uma tarde. É como sempre digo, dinheiro gasto em Cinema (tirando raras exceções), é sempre bem gasto. Ver um filme é aproximar-se do real, mas ser capaz de saber que aquilo não passa da fantasia. E uma fantasia bem contada vale à pena ser vista.




domingo, 18 de março de 2012

Educação (2009)






Nome Original: An Education
Direção:  Lone Scherfig
Roteiro: Nick Hornby e Lynn Barber
Gênero: Drama
Elenco: Carey Mulligan, Peter Sarsgaard, Emma Thompson, Dominic Cooper, Olivia Williams, Alfred Molina, Rosamund Pike 
Distribuição: Sony Pictures
Reino Unido, 2009 (95 minutos)







Sinopse: Jenny Miller tem apenas 16 anos e vive com a família no subúrbio de Londres, em 1961. Inteligente e bela, sofre com o tédio de seus dias de adolescente e aguarda impacientemente a chegada da vida adulta. Seus pais a incentivam no sonho de que estudar Inglês na Universidade de Oxford, mas a moça se vê atraída por um outro tipo de vida. Quando conhece David Goldman, um homem charmoso e cosmopolita de trinta anos, vê um mundo novo se abrir diante de seus olhos. Ele a leva a concertos de música clássica, a leilões de arte, e a faz descobrir o glamour da noite, deixando-a diante de um dilema entre a educação formal e o aprendizado da vida. Agora Jenny terá de decidir entre percorrer o caminho mais "fácil" ou seguir o sonho que não tem certeza se é seu. 



Com um fantástico roteiro e uma direção excelente (Lone Cherfig, que posteriormente também dirigiu Um Dia), trata-se de um filme bom e inteligente. Mostra as dificuldades da vida de uma jovem e o quanto é complicado decidir que direção tomar e seguir quando ainda se é nova. Jenny Miller tem 16 anos e uma vida toda pré-resolvida. Porém, tudo o que está predestinada a viver não é exatamente seu sonho de vida. A garota é apaixonada por jazz e pela França. Seu sonho é conhecer Paris e viver como uma francesa.
Traz a carismática e excelente atriz Carey Mulligan como protagonista, em seu primeiro papel. Primeiro papel que lhe trouxe prestígio e reconhecimento (foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz). Ela consegue fazer do script real por meio de olhares e emoções, sempre muito bem transmitidos. Trata-se de uma atriz com capacidade imensa, que faz de cada atuação um show à parte.
A lição de vida do filme é clara e eficaz; nem sempre escolhemos o caminho certo e o mais fácil sempre parece fazer os olhos brilharem mais. A ambição de Jenny aumenta quando ela conhece David Goldman, um homem 14 anos mais velho e que lhe promete o mundo que sempre sonhou. Em meio a concertos, teatros, roupas caras e até uma viagem à tão sonhada Paris, a adolescente vai se deixando levar.
Aos poucos ela começa a perceber que nem tudo é tão belo como parece e que o melhor presente que uma garota pode ter é justamente a possibilidade de ter uma boa Educação. O filme traz um assunto denso, mas muito bem desenvolvido. Só se sabe ao certo qual será a decisão da protagonista no final, este também muito bem feito. O longa traz uma fotografia ótima, com iluminação e figurino muito característicos e impecáveis. Alfred Molina traz um brilho a mais como o pai de Jenny e há uma breve aparição de Emma Thompson, como a diretora da escola. Como dizem as críticas é "novo, jovem e original". Concorreu ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, e realmente o mereceu. É um drama que deve ser visto pelos cinéfilos, realmente "diferente"; que traz como tema a decisão de uma jovem e os anos 1960, mas inova no modo de retratar esses assuntos. Recomendo, foi um filme que me surpreendeu pelo conteúdo e pela forma.



sexta-feira, 16 de março de 2012

O Grande Milagre (2012)





"Inspirado na emocionante e verdadeira história que uniu o mundo."


Nome Original: Big Miracle
Direção: Ken Kwapis
Gênero: Drama/Romance
Elenco: Drew Barrymore, John Krasinski, Vinessa Shaw, Kristen Bell, Dermot Mulroney, Ted Danson, Stephen Root, Tim Blake Nelson, Rob Riggle
Distribuição: Universal Pictures
EUA, 2012 ( 107 minutos )






Sinopse: Inspirado na história real que emocionou corações em todo o mundo, a aventura narra o conto fantástico de um repórter de um pequeno jornal local (John Krasinski) e uma voluntária do Greenpeace (Drew Barrymore), que se unem para salvar uma família de majestosas baleias-cinzentas presas pela rápida formação de gelo no Círculo Ártico. Eles reúnem uma improvável coalizão de nativos, as empresas petrolíferas e militares russos e americanos, que deixam de lado suas diferenças, para salvar as baleias. [Fonte]



Bem como disse Rubens Ewald Filho, é um filme que infelizmente não fez muito sucesso nem no Brasil e nem nos Estados Unidos e deve sair logo de cartaz. Contudo, traz uma história inteligente e emocionante, que realmente aconteceu e repercurtiu no Planeta. Em plena época da Guerra Fria (1989), o mundo para a fim de tentar salvar três baleias cinzentas ilhadas no próprio gelo.

Drew Barrymore interpreta uma ambientalista-voluntária do Greenpeace, cuja grande paixão são as baleias. Há uma cena linda, em que ela diz o porquê de nós, seres humanos, nos preocuparmos tanto com as baleias especificamente; o fato é que elas têm sentimentos e são muito parecidas conosco. Trata-se de um papel verdadeiro de Barrymore, que já trabalhou com o diretor Ken Kwapis em "Ele não está tão a fim de você". Apesar de  ter boas atuações, uma direção também interessante e um pano de fundo "politicamente correto", "O Grande Milagre" parece não ter agradado muito. Talvez pelo excesso de simplicidade com que o assunto foi tratado, talvez por ter classificação livre mas não ser extamente infantil. O fato é que, apesar da falta de popularidade, é um bom longa.
O ator John Krasinski de "The Office" e do filme "O Noivo da Minha Melhor Amiga" também não deixa a desejar. É o seu personagem o responsável por a notícia das baleias-cinzentas ter tido tamanho impacto. Além disso, ele é ex-namorado da voluntária interpretada por Drew Barrymore, e o vestígio de amor entre eles traz certo humor ao filme. A química dos dois é boa, pode-se dizer que "bonitinha", mas não é algo tão profundamente bem desenvolvido.
O objetivo principal do diretor deve ter sido certamente o de retratar que até mesmo os antigos inimigos norte-americanos e russos uniram-se para salvar esses animais. Porém, ao mostrar uma cena com as bandeiras dos EUA e da URSS no mesmo mastro, talvez não tenha convencido tanto o espectador.
As baleias foram feitas por animatronics (fantoches digitais) e o resto foi feito digitalmente. São bem realistas e a cena em que Drew Barrymore mergulha para ver o que há de errado com o filhote também é muito bem feita.
Mostra com emoção mas sem ser clichê o quanto o ser humano é capaz de se envolver em uma causa. Principalmente se essa causa estiver relacionada à natureza ou aos animais. Um filme "fofo", que deve ser visto e, apesar de não ser de tanta qualidade assim, tem um bom conjunto, que tende a agradar quem o assiste.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Poder Sem Limites (2012)







Nome Original: Chronicle
Direção: Josh Trank 
Roteiro: Max Landis e Josh Trank 
Gênero: Drama, Ficção Científica e Suspense 
Elenco: Dane DeeHan, Michael B. Jordan, Michael Kelly, Alex Russell, Ashley Hinshaw, Alex Russell, Anna Wood, Joe Vaz, Matthew Dylan Roberts. 
Distribuição: Fox Film do Brasil
Reino Unido e EUA, 2012 ( 83 minutos )






Sinopse: Os primos Andrew e Matt conhecem um garoto popular da escola (Steve) em uma festa e encontram um buraco suspeito próximo a floresta. Resolvem entrar e acabam adquirindo poderes; podem controlar tudo a sua volta. Andrew é problemático e enfrenta situações complicadas. Quando ele percebe ser o mais poderoso dos três, acaba usando seu novo "dom" para o mal, despedaçando tudo com a sua raiva. Resta aos dois outros amigos tentarem controlar esse "poder sem limites".




Um filme jovem e com um roteiro interessante. Gravado em forma de documentário, lembra filmes como "A Bruxa de Blair", mas os ultrapassa muito pela trama envolvente. Trata-se de um filme relativamente curto, mas o tempo é muito bem utilizado, acontecem muitas coisas em apenas 83 minutos.
O personagem principal é Andrew (Dane DeeHan), que tem inúmeros problemas em casa e na escola. Não é um garoto popular e a mãe está muito doente; além disso tem de aguentar o pai bêbado e que, além de arrogante e estúpido, bate nele. A solução encontrada por Andrew para "fugir" de sua vida é comprar uma câmera de filmagem e documentar tudo o que vê; não há lugar que ele vá para onde não leva a câmera.
Seu primo Matt insiste para levá-lo a uma festa e lá eles conhecem o popular Steve, um garoto que quer ser político e tem uma índole boa. Os três descobrem um buraco estranho, que faz sons ensurdecedores, e ainda assim resolvem adentrá-lo. Lá encontram uma substância misteriosa e adquirem o poder de controlar tudo a volta, apenas pelo fato de desejar.
Ao descobrir esse poder, eles também tentam encontrar uma função e uma utilidade. Há cenas muito bem feitas dos três voando e entendendo seus novos "dons". Contudo, Andrew deixa esse poder "subir-lhe à cabeça" e acaba o utilizando para o mal. Os outros amigos não conseguem freá-lo, ele é o mais forte deles.
É muito inteligente o modo como o diretor e roteirista Josh Trank conseguiu capturar a essência do jovem; com ambições e desejos, mas sem saber ao certo como fazer para conquistá-los. Outro fato importante ressaltado na história é o de que há pessoas para quem não se pode dar algo grande, cedo ou tarde a pressão emocional e física de suas vidas acaba destruindo tudo.
É um filme bom, que envolve a parte do documentário (do ponto de vista dos jovens) e une-o a um tema de ficção científica. Tem efeitos audivisuais incríveis, mas sem perder a característica da "filmagem caseira". Foi o filme mais visto nos Estados Unidos nas primeiras semanas de lançamento e atrai por sua capacidade de envolver, sem ser repetitivo e com excelentes efeitos.

Imagem do Filme


Trailer

segunda-feira, 5 de março de 2012

Rango (2011)





Do mesmo diretor de "Piratas do Caribe"



Nome Original: Rango
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Gore Verbinski, John Logan, James Ward Byrkit
Gênero: Ação/Animação
Vozes de: Jonnhy Depp, Isla Fisher, Timothy Olyphant, Abgail Breslin, Alfred Molina
Distribuição: Paramount Pictures
EUA, 2011 (107 minutos - versão estendida: 111 minutos)





Sinopse: Um camaleão-ator da cidade grande é satisfeito com a sua vida, mas após um acidente acaba indo parar em uma cidadezinha no meio do nada. A cidade, chamada Dirt (Poeira, na tradução) guarda um segredo que deverá ser solucionado pelo anti-heroi atrapalhado chamado "Rango".



São impressionantes o carisma e a presença de Jonnhy Depp. Praticamente todos os diretores que trabalham com ele uma vez, acabam por o escalar para suas próximas produções, incluindo Tim Burton. O diretor de "Piratas do Caribe", Gore Verbinski também o chamou, dessa vez para dublar uma animação. Estou certa de que essa animação não deve ter metade da graça em outras dublagens ou línguas, é como se Johnny Depp realmente estivesse atuando, ele faz do personagem uma estrela.
Contemporaneamente, a maioria das animações já não é mais destinada à crianças; Rango é uma delas. Trata-se de um desenho direcionado ao público adulto, que aborda de forma simples e direta assuntos complicados. Ganhou o Oscar de Melhor Animação e o diretor afirmou isso ter sido devido ao fato de existirem muitas semelhanças com os filmes de ação.
As referências aos antigos filmes de Bang-Bang e Faroeste são claras e evidentes e acrescentam algo que foge do recorrente e repetitivo nas animações. Trata-se de um "filme"escuro e com efeitos visuais muito bem feitos, deve-se destacar. É muito mais difícil cuidar da iluminação em desenhos de cores neutras do que em coloridos, e nesse quesito os profissionais dos efeitos visuais nada deixam a desejar.
Uma história interessante e envolvente, com falas e personagens engraçados; isso é o principal de Rango. Um pano de fundo inteligente, mostra o que o ser humano é capaz de perceber quando resolve parar de olhar só para si e passa a querer ajudar os outros. Dentre algumas lições bem traduzidas, é um longa muito bem feito.
É verdade que Tintin tinha mais potencial para ganhar o Oscar e nem ao menos foi indicado, mas Rango é uma ótima animação. É muito boa por dois principais fatores: as genialidades de Depp e Verbinski e pelos ótimos efeitos especiais combinados a um bom roteiro. Esse cameleão fictício é mais envolvente do que muitos personagens de filmes reais.



sábado, 3 de março de 2012

Drive (2011)


File:Drive2011Poster.jpg


Baseado na obre de James Sallis, "Drive"





Nome Original: Drive
Direção: Nicolas Winding Refn
Gênero: Ação/Drama
Elenco: Ryan Gosling, Carey Mulligan, Bryan Cranston, Christina Hendricks, Ron Perlman, Oscar Isaac, Albert Brooks
Distribuição: FilmDistrict
EUA, 2011 (98 minutos)











Sinopse: Um piloto profissional trabalha em cenas de perseguição de carros em Hollywood, como dublê. Além disso, ele usa sua habilidade e precisão no volante como motorista em assaltos. Dentro de seu mundo solitário ele conhece a vizinha Irene, cujo marido sairá da prisão em poucos dias. Disposto a ajudar essa família a pagar uma antiga dívida, ele se dividirá entre usar todas as suas habilidades para salva-lá ou embarcar em uma fulminante paixão. [Modificado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Drive_(filme_de_2011)]



Um filme que segue o genêro dos de Quentin Tarantino, com cenas fortes e violentas. Contudo, deixa a desejar no quesito roteiro, possui cenas muito longas e lentas e outras chocantes. Não passou nem perto daquilo que eu tinha esperado e pré-visualizado. No trailer do longa, aparecem as melhores cenas do filme, contudo o enredo em si não traz aquele "algo a mais".
A atuação de Ryan Gosling é excelente e isso deve ser ressaltado. O personagem é construído com cuidado e não possui uma identidade. Fica aí uma dúvida a seu respeito, que vai sendo esclarecida ao longo do filme. Gosling conseguiu mostrar mais uma vez sua incrível capacidade como ator, apesar de não ter tantas falas (é raro ver um protagonista de tão poucas palavras).
O diretor estreante em Hollywood, Nicolas Winding Refn provou ter uma visão diferente e única de como representar uma história. Apesar disso, a lentidão excessiva (quase em câmera lenta) de algumas cenas e a falta de conteúdo no filme deixam muito a desejar. É um absurdo o que alguns críticos vem fazendo ao compará-lo com a genialidade de Martin Scorsese em "Taxi Driver"; a visão de Scorsese nada tem a ver com a de Windind Refn.
É um filme neo-noir, cult por assim dizer. Um bom programa, mas pode deixar os mais fissurados por ação um tanto quanto desanimados e sonolentos ao sair das salas de cinema. Trata-se certamente de um filme de ação diferente, mas não necessariamente um diferente muito bom.
É bom, mas nada de excepcional. Ainda prefiro filmes de ação que realmente seguem o gênero e envolvem o espectador. O final também pode irritar a alguns, apesar de ser original. Se você quer um filme cheio de cenas eletrizantes, esse não é o indicado. Já se o que procura é algo diferente e uma abordagem nova, apesar de ter cenas muito violentas, vale vê-lo. Concorreu no Festival de Cannes e fez espectadores aplaudirem de pé.